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Meta de inflação pode chegar a 3% no longo prazo, diz presidente do BC

De acordo com Banco Central, o Brasil está menos vulnerável a choques externos do que no passado. Em 2016, o déficit de transações correntes – saldo das trocas de mercadorias e serviços do Brasil com o resto do mundo – fechou em 1,35% do Produto Interno Bruto. O BC também divulgou que o setor público apresentou um déficit primário de R$ 155,8 bilhões em 2016. O déficit equivale a 2,47% de tudo o que o país produziu no ano passado. O resultado deficitário é recorde em toda a série histórica do BC, iniciada em 2001.

 

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse nesta terça-feira (31), em São Paulo, que o país está no caminho para a queda da inflação e que, no longo prazo, a meta pode chegar a 3%, parecida com a de outros países emergentes. “Isso a longo prazo. Ao longo dos anos, tomando decisões a cada junho, [poderemos] levar a inflação para uma meta de 3%. Por enquanto estamos buscando nossa meta atual, que é 4,5%”, disse a investidores em evento organizado por um banco, na capital palista.

 

Perguntado sobre o crédito de curto prazo, Goldfajn disse que no Brasil é preciso trabalhar com medidas que garantam mudanças sustentáveis. Segundo ele, as iniciativas que estão sendo anunciadas pelo governo têm foco no médio prazo e terão impacto duradouro.

 

De acordo com o presidente do BC, o Brasil está menos vulnerável a choques externos do que no passado. Em 2016, o déficit de transações correntes – saldo das trocas de mercadorias e serviços do Brasil com o resto do mundo – fechou em 1,35% do Produto Interno Bruto (PIB). “Nossas reservas ultrapassam 20% do PIB. Hoje a vulnerabilidade externa do Brasil é muito menor”, analisou.

 

Goldfajn disse ainda que a economia brasileira está em período de recuperação dos fundamentos econômicos depois de uma crise que levou o país a um tipo de choque de oferta, quando ao mesmo tempo houve recessão e aumento da inflação. “Nesse caso isso levou nossa inflação para quase 11% e nossa recessão para 8%. No Brasil levou a um crescimento das despesas públicas e de algunas despesas privadas e gerou endividamento excessivo.”

 

Goldfajn disse aos investidores que o Banco central apresentou recentemente a Agenda BC+, com medidas que abrangem quatro pilares para aumentar a cidadania financeira, aprimorar o arcabouço legal, aumentar a eficiência do sistema financeiro e reduzir o custo do crédito.

 

Déficit de R$ 155,8 bilhões

O setor público consolidado (União, estados, municípios e empresas estatais) apresentou um déficit primário de R$ 155,8 bilhões em 2016. O déficit equivale a 2,47% de tudo o que o país produziu no ano passado – o Produto Interno Bruto (PIB) -, divulgou também nesta terça-feira o BC.

 

O resultado deficitário é recorde em toda a série histórica do BC, iniciada em 2001. O déficit primário supera o registrado para 2015, de R$ 111,2 bilhões. Em dezembro, houve déficit de R$ 70,7 bilhões do setor público consolidado.

 

As contas negativas no ano foram puxadas pelo Governo Central (governo federal, Previdência Social e Banco Central), cujo déficit primário ficou em R$ 159,473 bilhões no ano passado.

 

Os governos estaduais tiveram superávit de R$ 6,787 bilhões e os municipais, déficit de R$ 2,121 bilhões. As empresas estatais (excluídas Petrobras e Eletrobras) tiveram déficit de R$ 983 milhões.

 

A meta de déficit primário para 2016, conforme aprovada pelo Congresso Nacional na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), era de R$ 163,9 bilhões.

 

A dívida bruta do Brasil atingiu 69,5% do PIB em dezembro, caindo um ponto percentual na comparação com o mês de novembro.

 

fonte: Agência Brasil

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